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NA HORA DO INTERVALO_

2023

︎︎︎→ Miguel Rocha

ESTREIA

26 a 29 de Setembro 2023

Centro Juvenil

Montemor-o-Novo

Sessões para Público Geral

28/SET - 19h00

29/SET - 21h30

ENTRADA GRATUITA 

mediante reserva através do 964074875 ou p.ruinas@gmail.com

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Laura é uma jovem de dezasseis anos. Sente tudo à flor da pele, com a intensidade própria de quem está a começar toda uma vida, incompreendida e reivindicativa. Está carregada de aflições e coisas por dizer... Tudo em grande!

É resistente, persistente, agressivamente reservada... há quem a considere teimosa. Armas de sobrevivência! Enfrentando a selvajaria escolar todos os dias, das 8h30 às 15h00, Laura tomou uma decisão. Tem um plano perfeito e infalível. E parece não haver ninguém que a demova.

Até que ponto nos conhecemos? A que custo nos colocamos no lugar do outro? Qual é a fronteira do razoável? O que te impede de mandar tudo pelos ares?
Não sabemos responder. Levantamos questões, e convidamos- te a sentar connosco.

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Criação coletiva
Texto e encenação_ 
Catarina Caetano
Interpretação_ Ana Isabel Arinto e Neto Portela
Desenho de Luz e espaço cénico_ Nuno Borda de Água
Apoio à cenografia_ Pedro Zhang e Madalena Borda de Água
Ambiente Sonoro_ Slurk
Apoio à criação_ Dra. Carla Brito (psicóloga)
Registo, edição e fotografia_ Inês Sambas
Grafismo_ Susana Marques
Produção_ Inês Abrunhosa / Projecto Ruínas
Financiamento_ Município de Montemor-o-Novo | MC - Direcção Geral das Artes
Apoio_ Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo, Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, Agrupamento de Escolas de Amarante

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ACERCA DO PROJECTO

Em 1979, nos E.U.A, Brenda Ann Spencer entrou com uma espingarda numa escola perto de casa. Não gostava de segundas feiras.
Vinte anos depois, deu-se o Massacre de Columbine. Não são claras as razões que motivaram o ataque. Eric Harris e Dylan Klebold cometeram suicídio.

Entre estes dois episódios, perde-se a conta aos registos de tiroteios em escolas, manifestações de extrema violência, muitas vezes cometidos por quem está mergulhado em infernos de confusão e negritude.
Tudo isto parece uma realidade quase paralela, que só existe na América. Apesar da distância física, a proximidade imagética é avassaladora, como consequência de uma sociedade permeável a modas de "influencers e tiktokers", a conteúdos sem mediação que emanam das redes e jorram em ondas no imaginário de milhões de jovens. Assim, o que impede um jovem de entrar na escola e descarregar toda a incompreensão

do mundo nos outros?
Sentamo-nos e refletimos juntos. A construção da identidade social e pessoal, da intimidade, da sexualidade. A observação do mundo e das suas nuances. Os amores não correspondidos, os que o são, os poli, os que se perdem ou caem no chão. As nódoas negras que não se vêm. As possibilidades avassaladoras. Os pensamentos devastadores. O vazio. Tudo em extremos.

Este projeto começou nos meses de Maio e Junho, com a dinamização de debates em turmas entre os 8o e 12o anos, em algumas escolas do país: EB 2+3 de Montemor-o-Novo, Escola Secundária de Amarante e Escola Secundária de Algueirão. Estes momentos, dinamizados pela criadora Catarina Caetano e pela psicóloga Carla Brito, com vasta experiência em contacto com a comunidade juvenil, concretizaram-se a fim de levantar questões e material relacionado com a temática, que serviu de ponto de partida para a escrita do texto e improvisações para a criação

do espetáculo.

Em Julho demos início ao processo de ensaios, com uma semana de improvisações e reflexões a partir do material recolhido. Estamos em fase de construção, olhando para o processo como um puzzle de questões pertinentes para chamar ao centro da discussão nas escolas e junto dos públicos alvo: as nossas escolas são violentas? Os jovens sentem-se seguros?

Em quem podem confiar? Como estão a crescer, a derrubar muros e a erguer estruturas dentro desta instituição em constante mutação, que é a escola?
Não nos propomos a trazer respostas.
Partindo de um ponto de rutura, a protagonista desta história pondera soluções extremas para os problemas que a assolam dentro da escola (e dentro de si mesma). Está disposta a rebentar com tudo. Dentro do seu universo, no aconchego do seu quarto, o seu espaço seguro, permite-se lidar com a sua solidão e mergulhar nas dificuldades, enquanto traça o plano perfeito e infalível.

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