NOITES CURTAS_

No sentido de traçar um primeiro esboço da sua próxima produção, e continuando com o discurso iniciado o ano passado no Festival Cidade Pre0cupada, o Teatro da Cidade apresenta uma abordagem a Metamorfoses, de Ovídio, tendo como mote a primeira das quatro idades que Ovídio, logo no início da obra, traça: a idade do Ouro – caracterizada pela livre vontade, a rectidão, a lealdade, e a harmonia entre o Homem e a Natureza. Com os valores associados a esta idade, o espectáculo será uma manta de retalhos, em que cada retalho é a citação de um mito presente na obra de Ovídio. Este projecto será o primeiro que o Teatro da Cidade cria para um público infanto-juvenil.

Uma curta demonstração de talentos inacreditáveis. Um grito de libertação:

“Amanhã de manhã, acordo, faço as malas, e vou para Nova Iorque!”

A criadora deixa-nos umas palavras sobre este projecto: Nos últimos anos tenho vindo a colecionar memórias. As minhas, inevitavelmente, mas também as

dos outros. As reais, as inventadas, as reconstruídas e as adaptadas. “... and she gave away the secrets of her past” explora este processo de recolha, de arquivo, de incorporação e de mapeamento de memórias através de um dos traços mais fascinantes de eventos traumáticos – cicatrizes.

nota de quando decidimos voltar a entrar naquelas gavetas que deixámos e deixamos semi-abertas de quando a acumulação não é necessariamente um procedimento pré-meditado de quando é pausa do quanto não (se) coincide de quando enviamos uma correspondência para o estrangeiro (para um não-estrangeiro) stop da observação dos intervalos simultaneamente dessíncrones e constantes pois o processo-de-sedimentação bis de quando enviamos uma correspondência para um estrangeiro rec intervalo

Uma mulher na casa dos 50 anos dá uma palestra sobre o tema da Felicidade

Falo do desacreditar na vida, nos sonhos, da desistência e sua aceitação, procurando, ainda assim, ocultar tal facto.

São consequentes actos falhos em que se deixa escapar a falta de objectivos. Fala-se da passagem do tempo e do "estar vivo" ao invés de "viver"… pois não se sabe como se vive.

Conversa despreocupada a três, pai e filhos.

Que Fazer? Que Fazer? É um espectáculo que precisa de ajuda. É um espectáculo, sim, mas é um espectáculo no qual os intervenientes não sabem o seu propósito. É um espectáculo no qual os intervenientes vão tentar descobrir, enquanto aqui estiverem, o que vieram aqui fazer. E por isso precisa de ajuda.

Kaidan 怪談,é um substantivo japonês formado por dois kanji: 怪 (kai, estranho, misterioso ou aparição fantasmagórica) e 談 (dan, “conversa” ou “narrativa oral”).