NOITES CURTAS_
2025

18 a 21 de Junho
Oficinas do Convento
NOITES CURTAS, uma curta mostra
de performances teatrais, nas noites
mais curtas de verão! Uma aposta na
criação de novas dramaturgias, assentes
no pressuposto da duração das peças.
Lançámos o desafio a doze artistas conhecidos do panorama nacional para reflectirem sobre o formato e desenvolverem a sua criação partindo dessa premissa. Doze espectáculos de curta duração em quatro noites consagradas às novas dramaturgias, apresentados nos dias 18, 19, 20 e 21 de Junho de 2024, às 21h30, nas Oficinas do Convento, em Montemor-o-Novo.
PROGRAMA
18/06
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Susana Nunes - Challenger
Ana Isabel Arinto - O Uivo de um novo Ser
Sara Anjo - StripTree
19/06
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SillySeason - FASS BEEN THERE
Sofia Vitória - Não Estou para Isto
Aquella Companhia - Debaixo do Tapete
20/06
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Ricardo Falcão - O Lugar das Delícias
Malvada Associação Artística - DELONGA DIA
Marta Reis Jardim - 100 fotografias de 1 MULHER só
21/06
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Ana Teresa Magalhães - My solo
Leonor Cabral - O ano em que a minha mãe foi à União Soviética
Joana Manaças - Comité
FICHA TÉCNICA
Coordenação e Programação_ Francisco Campos
Produção_ Catarina Caetano, Inês Abrunhosa
Coordenação técnica_ Nuno Patinho, Nuno Borda de Água
Comunicação_ Carlota Borges Lloret
Assessoria de imprensa_ Daniela Pinto
Imagem_ Miguel Rocha
Financiamento_ Município de Montemor-o-Novo, MC - Direcção Geral das Artes
Parceria_ Oficinas do Convento
Apoio: CCDR do Alentejo, Antena 2, Canal Q

1# SUSANA NUNES / Challenger
Neste depósito de detritos anatómicos, anotados e exibidos com tanto cuidado e bom gosto, fui informada de que havia apenas uma categoria de espécimes que não poderia ser exibida publicamente ou mesmo discutida: restos mortais de astronautas.

Criação e interpretação_ Susana Nunes
2# ANA ISABEL ARINTO / O Uivo de um novo Ser
Esta é a história de X. X lidou com animais a vida toda, o seu avô tinha produção familiar e o pai era caçador. Hoje trabalha num matadouro, faz a insensibilização. Mas como não é raro acontecer, a rotina dos dias fê-lo ir perdendo a paixão pelo que faz. Na tentativa de ressignificar o seu lugar naquele trabalho, X dedica-se à caça pela motivação que o levou até ali.

Criação e interpretação_ Ana Isabel Arinto
3# SARA ANJO / StripTree
"Strip Tree" propõe uma dança que ironiza o gesto da poda das árvores e de despir a roupa. Inspirado na técnica florestal de corte seletivo (strip cutting), aborda-se temas como enraizamento, regeneração, exposição e resistência.Esta dança propõe reflexão sobre o vínculo do corpo com a terra, sobre o que perdemos e o que escolhemos cuidar.

Criação e interpretação_ Sara Anjo
Paisagem sonora_ Puçanga
4# SILLYSEASON / FASS BEEN THERE
O coletivo SillySeason encontra-se em pesquisa para o espetáculo de teatro O DIREITO DO MAIS FRACO À LIBERDADE, uma coprodução com a RTP, que celebra a vida e a obra de R.W.Fassbinder e os 50 anos do filme “Fox and His Friends”. É nesse seguimento que FASS BEEN THERE se apresenta nas Noites Curtas de Montemor-o-Novo, um ato performativo, workin’ progress, que explora conceitos versados em ‘identidade’, ‘tabu’ e “novas masculinidades”.

Direcção e criação_ SillySeason
Interpretação_ Cátia Tomé, Ivo Saraiva e Silva e Ricardo Teixeira
Produção_ Inês Pinto
5# SOFIA VITÓRIA / Não Estou para Isto
Solo de uma pessoa, artista, que se encontra com o tédio, o aborrecimento, a irritação, voltando ao simples, ao desinteressante, à recolha, sem a procura de atenção, sem trazer nada de novo.

Criação e Interpretação_ Sofia Vitória
Apoio á criação e Texto_ Francisco Campos
6# AQUELLA COMPANHIA / Debaixo do Tapete
Existem personagens que se cruzam em diferentes pontos das suas vidas. Poderiam fazer parte de uma novela policial — se essa novela tivesse sido escrita por alguém com um certo gosto pelo humor negro. Os encontros entre estas personagens são o início ou o fim? São cúmplices ou vítimas? Uma nuvem de mistério acompanha-os. O que lhes aconteceu — ou ainda vai acontecer — ninguém sabe ao certo. Talvez nem eles.Mas há uma certeza: debaixo do tapete, há sempre mais do que pó.

Criação_ Neto Portela e Ricardo Falcão
Interpretação_ Ricardo Falcão
7# RICARDO FALCÃO / O Lugar das Delícias
À mesa, em jeito de última ceia, serve-se o Lugar das Delícias. Jardim primordial, lugar puro de criação. Um paraíso que floresce dos aromas e sabores das suas frutas.

Criação e interpretação_ Ricardo Falcão
8# MALVADA ASSOCIAÇÃO ARTÍSTICA / DELONGA DIA
A ritualização da espera, que acontece na relação com os ritmos sazonais, é um elemento central no desenvolvimento de DELONGA - um ato de espera, remetendo-nos para a ideia de ciclo e da sua relação com a criação artística. DELONGA desenvolve-se ao longo das 4 estações do ano a partir da figura ficcionada de um Fotógrafo-jardineiro, num processo de tempo dilatado onde se constrói um diário - textual, imagético e sonoro - cujos materiais alimentam outras criações híbridas que se apresentam ao vivo em site-specific. Criam-seperformances-instalações em lugares cuja arquitetura se relaciona de forma distinta com elementos naturais.O projeto articula atos performativos determinados por diferentes temporalidades: o diário do Fotógrafo-jardineiro (personagem coletiva constituída por diferentes artistas), objeto artístico que segue uma ordem sequencial e cronológica, conjugando elementos analógicose digitais; e duas performances-instalações distintas, que se apresentam nos solstícios, em que a terra é iluminada de maneira desigual, e que assinalam épocas do ano marcadas por festivais e rituais.A performance é simultaneamente a montagem em tempo real da instalação cujo rasto permanece enquanto memória e esquecimento. O primeiro andamento culmina na apresentação de DELONGA DIA, com a proximidade do solstício de verão, altura em que a luz se sobrepõe ao tempo da escuridão.

criação_ ana luena & josé miguel soares
fotografia_ josé miguel soares
encenação_ ana luena
textos e conteúdos diário fotográfo-jardineiro_ ana luena, filipa leal, josé miguel soares, sofia berberan, tomás de almeida
interpretação e cocriação_ nuno nolasco, tomás de almeida
música_ zé peps
assistência produção_ maria camilo
design gráfico_ joana areal
produção_ malvada associação artística
parceiros institucionais_ centro de arte e cultura - fundação eugénio de almeida, projecto ruínas, casa comum - intervenção cultural da universidade do porto, jardim botânico da universidade do porto, museu de história natural e da ciência da universidade do porto, universidade do porto
apoios_ união das freguesias de évora (centro histórico de évora), junta de freguesia dos canaviais, união de freguesias do bacelo e senhora da saúde, união de freguesias da malagueira e horta das figueiras
9# MARTA REIS JARDIM / 100 fotografias de 1 MULHER só
No livro de fotografias THE ONLY WOMAN de Immy Humes, há 100 fotografias de grupo onde só está presente 1 MULHER. E 100 histórias do que levou cada 1 a chegar aquele momento. Inspirado no livro, 100 fotografias de 1 MULHER só é uma homenagem à força das MULHERES que desbravaram caminho para a igualdade.1 MULHER só em palco, dá corpo ao ecoar da força destes pequenos grandes passos. Contraria a resistência dum mundo estruturalmente machista para ganhar balanço e fazer ver que, juntas as 100 MULHERES, são a maior fotografia de todas.

Concepção, criação e interpretação_ Marta Jardim
Apoio à criação_ Zé Bernardino
10# ANA TERESA MAGALHÃES / My solo
Mal entro, mergulho na espuma do silêncio. Os meus pés afundam-se na alcatifa densa e vermelha e, com os passos abafados, percorro as paredes frias e lisas, enquanto os meus olhos se perdem nos pormenores. E perco-me assim de vista, sem ser vista, a caminhar por entre os corredores, como se fossem rios e ribeiras. A abrir portas, que dão para enseadas e lugares escondidos para, de repente, desembocar no mar… no palco, onde o silêncio é ainda maior e toma a forma de uma enorme vaga, que submerge tudo. E quando recua deixa a descoberto o Teatro, a ilha de Atlântida, lugar de todos os possíveis e de todos os mistérios.
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Criação, texto, interpretação_ Ana Teresa Magalhães
Apoio na sonoplastia_Lisboa Incomum/ Projeto DME e Nuno Veiga
Fotografia de divulgação_ Vitorino Coragem
Agradecimentos_ Nuno Borda de Água
11# LEONOR CABRAL / O ano em que a minha mãe foi à União Soviética
Em 1976, a minha mãe visitou a União Soviética. Em 2011, fui eu a São Petersburgo. Quando voltei, discutimos: ela adorou, eu odiei. Ela trouxe memórias para guardar; eu, histórias para esquecer. Só concordámos numa coisa — a arquitetura, belíssima.Este projeto parte desse desencontro. Uma reflexão sobre heranças ideológicas e desavenças geracionais entre uma mãe e uma filha.

Criação e Interpretação_ Leonor Cabral
Produção_ Ciclone Associação Cultural
12# JOANA MANAÇAS / Comité
Como é possível, pergunta La Boétie, que a maioria das pessoas obedeça a um só? Como é possível que essa maioria, além de lhe obedecer, ainda por cima esteja ao seu serviço, e, além de estar ao seu serviço, ainda por cima “queira” fazê-lo?” (Pierre Clastres)

Criação_ Joana Manaças e Daniel Worm d’Assumpção